terça-feira, fevereiro 28, 2006

O veículo suborbital Xerus da XCOR testado num servidor Linux


A empresa norte americana "XCOR Aerospace" criou uma parceria com duas outras empresas norte-americanas da área da Informática com o objectivo de desenharem e testarem o seu veículo espacial Xerus, com o qual a empresa espera enviar para vôos suborbitais carga e passageiros.

A XCOR irá utilizar vários sistemas informáticos para as suas simulações num servidor SGI Altix com processador Intel Itanium correndo Linux.

Fonte: SpaceX

A ESA anuncia o seu orçamento e lista os seus programas principais

A Agência Espacial Europeia (ESA) prepara-se para ver aprovada a sua proposta de um orçamento de 9.06 biliões de euros no conselhor de Ministros dos governos dos países que a compoêm que terá lugar nos dias 5 e 6 de Dezembro de 2006 em Berlim.

Nesta conferência serão revistos todos os programas da agência, com excepção do sistema de navegação alternativo ao GPS, Galileo, que carece de reforço orçamental.

Os programas que serão aprovados, terão continuidade até 2013, sobressaindo entre estes:

* Aumentos iniciais do orçamento de 2.5% para a "ESA science"

* Programa espacial com dois elementos principais:
** Um Lander marciano que será lançado em 2011
** Um esforço de pesquisa conjunto com a Rússia para a construção do sistema reutilizável Kliper. O Japão poderá também cooperar neste projecto, o que o tornaria no primeiro sistema reutilizável do mundo fabricado em parceria por 3 das 5 maiores potenciais espaciais do planeta, ficando de fora a China, com a sua versão local da Soyuz e a NASA que ainda de debate com o obsoleto Shuttle, e com um orçamento demasiado curto para sonhar com algo mais que uma nova versão da Appolo, o CEV.

* Um programa que procurará aumentar a independência europeia em componentes usados pela industria espacial.

* Três programas de veículos de lançamento, num total de 850 milhões de euros:
** Lançador pesado Ariane 5
** Novo lançador ligeiro Vega
** Custos de operação do "Guiana Space Center" na Guiana Francesa

* Dois programas para o desenvolvimento de novas plataformas para satélites comerciais em órbitas geoestacionárias.

* Desenvolvido de um pequeno satélite geoestacionário de 100 milhões de euros

* Colocação em órbita de mais satélites de observação da Terra, como o CryoSat-2, com um orçamento de 1.3 biliões de euros e substituição dos satélites Envisar e ERS-2 que se aproximam do fim da sua vida útil.


Fonte: Space.com

segunda-feira, fevereiro 27, 2006

1946: A Primeira Fotografia da Órbita terrestre tirada por uma V-2

Em Outubro de 1946, uma V-2 capturada ao Exército Alemão depois da derrota da Alemanha Nazi era lançada das instalações do Exército dos EUA no Novo México e tornava o primeiro veículo construído pelo Homem a alcançar o Espaço numa altitude de 104,600 metros.

A fotografia, é a primeira que mostra a curvatura da Terra e o Espaço Sideral e foi tirada por uma câmara montada na V-2 à altitude máxima atingida pela V-2.


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sábado, fevereiro 25, 2006

A ESA vai lançar CryoSat-2 para estudar o Aquecimento Global

A ESA decidiu construir e lançar uma nova missão CryoSat em Março de 2009, designada como CryoSat-2.

A primeira sonda CryoStat foi destruída num lançamento defeituoso em 8 de Outubro de 2005.

A nova missão terá os mesmos objectivos da anterior, monitorizando a espessura da gelo nas zonas polares e a correlação da sua diminuição com o aumento do nível do Mar e com as alterações climáticas.

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sexta-feira, fevereiro 24, 2006

O desconhecido programa espacial Sul Africano: o lançador RSA-3

O desenvolvimento de um lançador orbital sul-africano que devia ser usado como IRBM começou no início da década de oitenta. Técnicos israelitas participaram no projecto tendo compartilhado com a África do Sul muito do conhecimento obtido no desenvolvimento do míssil Israelita Jericho.

O lançador que tinha a designação RSA-3 deveria ser capaz de colocar em órbita um pequeno satélite com até 330 Kg. O desenvolvimento do RSA-3 prosseguiu até 1994 quando foi cancelado porque se julgou que não era possível converter o lançador num sistema comercial viável.

Os dois primeiros estádios do lançador seriam de combustível sólido e empregariam o mesmo tipo de motot. Ao fim de 16 a 20 segundos de propulsão com o primeiro estádio, este seria descartado e entraria em funcionamento o segundo estádio do lançador.

A Space Adventures vai construir um Espaçoporto em Singapura

A empresa americana Space Adventures anunciou que foi assinado um acordo com um consórcio baseado em Singapura para construir neste país asiático um Espaçoporto oferecendo aqui as capacidades necessárias para o lançamento do veículo suborbital "Explorer" da empresa, assim como instalações de treino e de entretenimento público.

Segundo o CEO da Space Adventures, Eric Anderson: “Singapore is one of the best-connected countries in the world. It is home to one of the world’s busiest air and sea ports. Singapore, with its superior geographical and economic infrastructure, is primed to be the hub of a new, revolutionary form of travel – in space".

O Explorer será capaz de levar passageiros até uma altitude de mais de 100 Km, num vôo suborbital que vai oferecer até cinco minutos sem gravidade.

Este espaçoporto deverá custar 115 milhões de dólares, vindos maioritariamente do sector privado e o resto do governo de Singapura.


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O lançador europeu Ariane 5 ECA prepara lançamento de satélite militar espanhol

O lançador pesado Ariane 5 da Arianespace já está na zona de lançamento do Espaçoporto europeu na Guiana e prepara-se para o seu lançamento que terá lugar no dia 24 de Fevereiro.

Este Ariane 5 ECA transporta dois satélites, um espanhol, o SPAINSTAT e o HOTBIRD TM 7A.

O peso combinado dos dois satélites ascende a quase 9 toneladas, o que demonstra bem a capacidade deste lançador europeu.

O SPAINSAT é o primeiro satélite espanhol dedicado a comunicações secretas e será usado pelo governo e militares espanhóis nas suas missões no estrangeiro e com o seu lançamento coloca a Espanha na posição de não ter que depender mais dos seus aliados para este tipo de operações.

P.S.: E o que é feito do "nosso" patético PoSat-1?

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quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Uma estação espacial chinesa até 2010

A China reviu recentemente os seus planos para a exploração espacial definindo claramente que o seu grande objectivo de curto prazo será a construção de um laboratório espacial através da junção de três capsulas Shenzhou.

As Shenzhou-7, -8 e -9 serão lançadas de 2007 a 2009, mantendo-se o objectivo de realizar saída para o espaço na Shenzhou-7.

As cápsulas seguintes, as Shenzhou-8 e 9 deverão encontrar-se em órbita, unindo-se de modo a criar uma pequena estação espacial que prepará a construção do laboratório espacial chinês em 2010. Ambas as cápsulas não transportarão tripulação sendo esta fornecida pela -10 que se unirá posterioremente ao par já em órbita constituindo assim a primeira estação espacial chinesa.

O plano seguinte será lançar uma pequena estação espacial entre 2011 e 2012, mas os pormenores sobre esta ainda não foram detalhados.

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Um português no Espaço até 2009 via "Virgin Galactic" e 200 mil dólares...

"Sinto mais o facto de ser o primeiro português a viajar no espaço, do que a ideia de participar num capítulo da História mundial", declara Mário Ferreira, o empresário português que a troco de 200 mil dólares comprou a sua ida ao Espaço numa das aeronaves que a empresa está a construir nos EUA.

O vôo deve ocorrer entre 2008 e 2009.

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A "X PRIZE Foundation" avança com prémio de 2 milhões de dólares para um Lander lunar.

A "X PRIZE Foundation" avança com prémio de 2 milhões de dólares para a construção de um sistema de descolagem e aterragem por foguete no âmbito da "Lunar Lander Challenge" (LLC).

A competição entre os vários concorrentes terá lugar em Outubro deste ano em Las Cruces, New Mexico, onde os concorrentes utilizarão foguetes construídos por eles para realizar descolagens e aterragens verticais de um ponto para o outro. A competição será dividida em vários níveis de dificuldade, para maximizar o seu interesse e a possibilidade de um dos veículos na competição ser desenvolvido pela NASA de modo a poder ser empregue no seu programa "Centennial Challenges".

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quarta-feira, fevereiro 22, 2006

O Japão lança com sucesso o satélite de infravermelhos ASTRO-F

O satélite de infravermelhos ASTRO-F foi lançado com sucesso no passado dia 21 de Fevereira pela Agência Espacial Japonesa (JAXA).

O ASTRO-F (renomeado agora que está em órbita como "Akari"/luz) irá estudar o cosmos na gama da radiação infravermelha utilizando instrumentos com uma precisão sem precedentes.

Segundo o professor David Southwood da ESA: “The successful launch of ASTRO-F (Akari) is a big step. A decade ago, our Infrared Space Observatory (ISO) opened up this field of astronomy, and the Japanese took part then. It is wonderful to be cooperating again with Japan in this discipline.” “Our involvement with the Japanese in this programme responds to our long-term commitment in infrared astronomy, whose potential for discovery is huge. We are now off and rolling with ASTRO-F/Akari, but we are also working extremely hard towards the launch of the next-generation infrared telescope, ESA’s Herschel spacecraft, which will go up in the next two years. This will still not be the end of the story. Infrared astronomy is also a fundamental part of the future vision for ESA’s space research, as outlined in the ‘Cosmic Vision 2015-2025’ programme. The truth is, subjects such as the formation of stars and exoplanets, or the evolution of the early universe, are themes at the very core of our programme.

A participação europeia no ASTROF-F / Akari através da ESA, nomeadamente através da presença de instituições científicas do Reino Unido e Holanda no projecto oferece o seu conhecimento na área dos satélites de infravermelhos onde tem já alguma expertise, assim como no uso das instalações de rastreamento da ESA na ilha sueca de Kiruna. Em troca, os investigadores europeus poderão usar até 10% do tempo de funcionamento do satélite, nas suas segunda e terceira fases de operação.

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O "Project Babylon" iraquiano: o projecto do supercanhão de Saddam que podia lançar satélites

Em 1988, o Iraque de Saddam Hussein assinou um contrato com o inventor britânico Gerard Bull no valor de 24 milhões de dólares para que este construísse para o Iraque 3 supercanhões: dois "Project Babylon" e um protótipo "Baby Babylon". Nos dois modelos finais nove toneladas de propelente deviam ser capazes de levar um projéctil com até 600 Kg a uma distância de mil quilómetros. Se o projéctil tivesse um foguete, a distância máxima do "Project Babylon" poderia chegar até aos dois mil quilómetros...

O Iraque planeava utilizar também o "Project Babylon" para colocar em órbita um pequeno satélite com até 200 Kg, usando a versão propulsada a foguete da ogiva. A aplicação teria apenas efeitos propangandísticos e não se conhece qualquer uso comercial ou militar deste microsatélite.

Embora os modelos "Project Babylon" nunca tivessem sido completados, o protótipo foi destruído pelas forças da Coligação quando invadiram o Iraque.

O supercanhão do "Project Babylon" deveria ter um tubo de 156 metros de comprimento com um metro de calibre. Construído à semelhança do projecto Nazi V-3, o cilindro seria dividido em segmentos. A arma teria uma espantosa força de "coice" de 27 mil toneladas, o que equivale a uma pequena bomba nuclear e que a tornaria visível na maioria dos sismógrafos do Mundo.

O "Project Babylon" fora construído inicialmente a pensar numa forma de lançar ogivas explosivas convencionais em qualquer local do Irão (o projecto data de 1981, em plena guerra Iraque-Irão), mas com o cessar-fogo, Saddam adaptou rápidamente os seus objectivos, tornando numa forma de ameaçar Israel com um lançamento nuclear ou químico.

A "Baby Babylon" foi terminada em 1981 em Jabal Hamrayn, a 145 km north of Baghdad. Tinha um tubo com 45 metros de comprimento e um calibre de 350 milímetros. Devia ter um alcançe de 750 quilómetros.

Os materiais para esta arma ironicamente foram fabricados quase todos no Reino Unido (o mesmo local de origem dos engenheiros que assistiam os iraquianos neste projecto) e seriam supostamente peças para a refinaria iraquina "PC-2 petrochemical refinery" que de facto, nunca existiu...

O projecto recebeu um sério revés com o assassinato de Bull em 22 de Março de 1990, provavelmente cometido por um serviço de informações ocidental ou pela Mossad israelita, mas os engenheiros iraquianos continuaram a trabalhar no projecto até à Invasão da Coligação.

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terça-feira, fevereiro 21, 2006

Foram revelados os primeiros resultados das análises às partículas cósmicas recolhidas pela Sonda Startdust

As partículas cósmicas recolhidas pela sonda da NASA "Stardust" começaram ser analisadas. As amostras não parecem conter água.
Estima-se que existam nos alvéolos de aerogel da sonda mais de um milhão de partículas com a dimensão média de um micron.

A missão Startdust foi lançada em 1999 tendo recolhido as suas amostras aquando da passagem a 240 km do cometa Wild2 a 2 de Janeiro de 2004. A sonda aterrou no deserto do Utah no passado dia 15 de Janeiro com as suas preciosas amostras.

O custo total da missão deve ter rondado os 212 milhões de dólares.

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O Japão lança satélite com o seu lançador H-2A


No passado dia 18 de Fevereiro, o Japão colocou em órbita um satélite com o seu lançador H-2A a partir das suas instalações no "Tanegashima Space Center".

Este é segundo lançamento bem sucedido em menos de um mês e renova a confiança nos lançadores japoneses, a qual tinha sido colocada em causa pelo falhanço de um foguetão semelhante que transportava um satélite de espionagem que devia observar a Coreia do Norte.

O H-2A é capaz de transportar 4,6 toneladas de cargas e foi construído pela Mitsubishi.

O satélite terá custado 118 milhões de dólares e destinase a ser usado em controlo de tráfego aéreo e como backup ao satélite meteorológico que o Japão utiliza actualmente.

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segunda-feira, fevereiro 20, 2006

A sonda europeia "Venus Express" dispara com sucesso o seu motor principal

Agora que já conta com mais de cem dias no Espaço a caminho do planeta Vénus, a sonda europeia "Venus Express" foi capaz de testar com sucesso o seu motor principal pela primeira vez.

Este motor será essencial para que a sonda consiga travar quando se aproximar de Vénus de modo a poder entrar em órbita. O seu falhanço implicaria o falhanço de toda a missão.

Este primeiro sucesso parece comprovar o conceito inovador que a ESA adoptou na construção e concepção desta sonda: reutilizar tanto quanto o possível os elementos já usados, conhecidos e ensaiados com a sonda gémea "Mars Express" (que orbita actualmente Marte), de modo a garantir níveis de Segurança e de custos muito inferiores aos que implicaria o desenho e construção de uma sonda completamente nova.

A "Venus Express" está actualmente a mais de 47 milhões de quilómetros da Terra.

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A Space Adventures assina contratos para a construção do veículo suborbital "Explorer"


A Space Adventures anunciou a assinatura de um contrato com a Prodea (uma empresa de investimentos) e de um outro contrato paralelo com a Agência Espacial da Federação Russa para a construção de uma flotilha de naves espaciais suborbitais para utilização comercial.

A Prodea pertence à mesma família Ansari que financiou o "Ansari X Prize" de 10 milhões de dólares que permitiu o desenvolvimento e lançamento do SpaceShipOne, o primeiro veículo comercial privado a alcançar a órbita terrestre.

O veículo suborbital será desenvolvivo pelo "Myasishchev Design Bureau", uma empresa russa com vasta experiência no ramo aeroespacial. Com a designação provisória de "Explorer" o veículo suborbital deverá ser capaz de levar até cinco pessoas ao Espaço e terá como prioridades a segurança e a capacidade de fornecer uma experiência inolvidável (ou seja... esperam-se vastas e amplas janelas).

domingo, fevereiro 19, 2006

O Irão falhou o lançamento do míssil intercontinental Shihab-3


Embora o Shihab-3 tenha sido desenvolvido como um míssil militar com o objectivo de permitir um lançamento de uma ogiva convencional (ou nuclear, assim que está estiver disponível) até uma distância tão longínqua como a Europa Oriental, o Shihab-3 também vai permitir ao Irão adquirir a capacidade de lançar os seus próprios satélites.

O alcance clássico do SHihab-3 é de 1300 km, mas reduzindo a carga da ogiva dos 750 Kg para 400 kg, é possível alargar o alcance do míssil para mais de 2000 km.

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sábado, fevereiro 18, 2006

Prossegue o desenho do "Lunar Reconnaissance Orbiter" que a NASA espera lançar em 2008

A fase de desenho das missões robóticas que a NASA pensa enviar para a Lua prossegue mantendo-se o plano de enviar a primeira missão "Lunar Reconnaissance Orbiter" em Outubro de 2008.

Os seis diferentes instrumentos que a missão vai transportar já estão definidos, assim como o tipo de tecnologias que serão ensaiadas nesta primeira missão e que serão depois a base de todo o programa lunar que a agência espera conduzir nas próximas décadas no nosso satélite.

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sexta-feira, fevereiro 17, 2006

LK-3: um projecto soviético de ida e volta à Lua



O Lk-3 era um desenho soviético para uma abordagem directa para a envio à Lua de uma missão tripulada soviética. O veículo devia utilizar a versão de 1966 do lançador UR-700

O trabalho neste projecto começou em 1962, em plena corrida espacial e foram estudadas várias alternativas, incluindo a opção de uso de propulsão nuclear.

Em 1965, foi dada autorização para a concretização da missão lunar, mas o projecto foi defrontado com uma série de atrasos devido ao problemas com o lançador N1-L3 de Korolev, que havia sido seleccionado em lugar do UR-400.

O LK-3 devia transportar dois cosmonautas até ao nosso satélite numa missão que deveria durar 14 dias.

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O próximo vôo tripulado do programa espacial chinês: Shenzhou 7


Depois do sucesso mediático do veículo orbibal tripulado Shenzhou 6, começam a vir a público alguns detalhes sobre a próxima missão tripulada do ambicioso programa espacial chinês, previsivelmente designado de "Shenzhou 7".

A missão deverá incluit actividade extra-veícular e transportar pelo menos dois astronautas, tendo sido a cápsula Shenzhou concebida para acomodar até três astronautas. A China indicou também que o vôo será realizado em 2007, o que mantem o ritmo lento, mas seguro, já imposto ao programa espacial chinês.

O fato espacial utilizado pelo astronauta será crucial. É provável que seja usado uma variante do fato espacial russo Sokol ou Orlan.

Uma vez cumprida esta primeira fase do programa espacial chinês, e que pretendia estabelecer a capacidade da China para enviar e manter no espaço astronautas usando a tecnologia Shenzhou (desenvolvida a partir das fiáveis cápsulas russas Soyuz), a China declarou que pretende avançar com a próxima fase do seu programa espacial: A criação de uma estação orbital tripulada, semelhante às estações Salyut soviéticas da década de setenta.

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quinta-feira, fevereiro 16, 2006

A Arianespace e a Roscosmos assinam contrato que permite o lançamento de foguetões Soyuz a partir do "Guiana Space Center"


A Arianespace e a agência rússia Roscosmos assinaram um contrato que permitirá que sejam lançados os primeiros quatro foguetões Soyuz da base espacial europeia "Guiana Space Center " a partir de 2008.

Este acordo foi antecedido pela formação da Starsem, uma empresa conjunta entre a EADS/Arianespace (60%) e vários parceiros russos (50%). A Starsem lançou até hoje 15 foguetões a partir de Baikonur, no Casaquistão, sem uma única falha. Em 2006, esperam-se mais 3 lançamentos e outros 3 em 2007.

Embora, os foguetões a lançar da Guiana sejam russos, o módulo de carga será construído localmente, na Guiana Francesa pela Arianespace com um custo estimado de 344 milhões de euros.

O primeiro foguetão Soyuz deverá ser lançado da Guiana em Novembro de 2008, havendo já vários lançamentos contratualizados. Com este contrato, a Arianespace contará no seu inventário com três opções distintas de lançadores: O Ariane5 e o Vega, construídos pela própria Arianespace e a Soyuz construídas pela Roscosmos e pela Arianespace.

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quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Os novos testes do "Elevador Espacial" da LiftCorp foram bem sucedidos


A empresa americana "LiftCorp Group" que pretende construir um "elevador espacial" em 2018 capaz de erguer um cabo até órbita terrestre e colocar assim cargas úteis em órbita com uma fracção dos custos actuais, anunciou que completou com sucesso a segunda fase de testes do uma plataforma de alta altitude e com vários elevadores robotizados.

Foram testados protótipos do "LiftPort Space Elevator", o sistema que a empresa está a desenvolver para colocar cargas em órbita. Os testes foram conduzidos nas instalações que a LiftCorp tem no Estado do Arizona e pretendiam conseguir que uma plataforma de observação e comunicações se mantivesse a mais de um km de altitude numa posição estacionária durante mais de seis horas enquanto elevadores robóticos subiam e desciam pelo cabo preso à plataforma. A plataforma "HALE" (High Altitude Long Endurance) foi mantida no lugar pelo emprego de vários balões de alta altitude, os quais também foram usados no seu lançamento.

O revolucionário conceito de um "Elevador Espacial" resulta de uma proposta feita por Arthur C. Clarke num dos seus romances de Ficção Científica e é hoje uma possibilidade concreta graças a um compósito de nanotubos de carbono de extrema resistência que a LiftCorp espera estender até uma órbita baixa, mantendo-os presos a uma plataforma orbital. A empresa espera prender a ponta inferior do tubo a uma plataforma offshore situada no Oceano Pacífico.

Para mais informação, visite a LiftCorp Inc.

terça-feira, fevereiro 14, 2006

A NASA revela mais alguns detalhes sobre o seu "Regresso à Lua"


A NASA detalhou alguns aspectos do seu plano "Exploration Systems Architecture Study (ESAS)" para regressar à Lua.

Este regresso dependerá do desenvolvimento das seguintes tecnologias:

1. "Mega-booster"
A NASA está actualmente na fase de selecção do fabricante do "Crew Exploration Vehicle", o veículo tripulado derivado do programa Apollo da década de 60/70.

A concepção do "Crew Launch Vehicle" que será capaz de levar o CEV até à órbita terrestre, prossegue, assim como o de um "mega-booster" cinco vezes mais poderoso do que o SaturnV do programa Apollo. Ambos os lançadores usarão tecnologia derivada do Shuttle, o qual deverá ser retirado do serviço em 2010.

2. Um módulo de aterragem lunar
A NASA estuda actualmente o desenho de um módulo de aterragem capaz de levar até ao solo lunar quatro astronautas. O módulo deverá ter uma câmara de pressurização para facilitar o acesso à superfície lunar.

3. Reconhecimento Lunar

Como parte deste esforço, a NASA prepara-se para lançar em 2008 o "Lunar Reconnaissance Orbiter" (LRO) com o objectivo de mapear a superfície lunar em busca de lugares seguros e interessantes para as alunagens deste regresso à Lua. Especial atenção serão dadas às crateras lunares que estão permanentemente na sombra e que suspeita poderem conter água gelada.


4. Um Posto Antártico

A NASA investiga ainda a possibilidade de construir uma base avançada no pólo lunar, cuja localização será determinada pelo LRO em função dos recursos que encontrar na Lua, especialmente se encontrar quantidades significativas de água.


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Projecto Aurora: A Missão "Mars Sample Return" da ESA a Marte

Para além do Rover marciano ExoMars (actualmente em fase de desenho na empresa italiana Alenia) o outro projecto já em fase de desenvolvimento no âmbito do programa Aurora de exploração do Sistema Solar é o ambicioso projecto MSR ou "Mars Sample Return".

Esta missão reunirá cinco naves espaciais distintas:
1. Um estágio de transferência Terra/Marte
2. Um orbitador marciano
3. Um módulo de descida
4. Um módulo de ascensão
5. Um veículo para reentrada na Terra

Quando o orbitador se encontrar numa órbita baixa em Marte, o módulo de descida é largado sobre o Planeta Vermelho, aterrando através de um dispositivo inflável. No solo marciano, são recolhidas amostras com um peso máximo de 500 gramas e levadas até ao módulo de ascensão, o qual será depois lançado entrando depois em contacto com o veículo de reentrada que o tansporta até à Terra e a uma descida controlada de modo a preservar as preciosas amostras e permitir aos cientistas o estudo das mesmas.

A missão "Mars Sample Return" deverá ser lançada até 2011.

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segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Imagens de Titã em rotação tiradas pela sonda Cassini

Este filme (clique aqui) mostra o satélite de Saturno, Titã onde repousa a sonda europeia Huygens em rotação e foi construído a partir de várias órbitas realizadas pela sonda Cassini que permanece em órbita.

As imagens mostram dois tipos bem distintos de terreno, um mais claro e o outro mais escuro. Os planetólogos pensam que as regiões mais brilhantes possam ser depósitos de superfície de origem vulcânica contendo elevadas proporções de água ou dióxido de carbono.

Para mais informações clique aqui

A Sea Launch reinicia a contagem de lançamento de mais um foguete Zenit-3SL



Depois de uma paragem da contagem a 8 de Fevereiro, a empresa privada Sea Launch prepara-se agora para uma segunda contagem de lançamento que deverá colocar a 12 de Fevereiro um novo foguete Zenit-3SL transportando um satélite geosíncrono norte americano.

A Sea Launch é uma empresa propriedade da Boeing, EUA (40%); RSC-Energia de Moscovo, Russia (25%); Kvaerner ASA de Oslo, Noruega (20%) e pela SDO Yuzhnoye/PO Yuzhmash de Dnepropetrovsk, Ucrânia (15%).

domingo, fevereiro 12, 2006

Adiado o lançamento do Falcon1 da SpaceX

A empresa privada californiana Space Exploration Technologies (SpaceX) adiou pela terceira vez o lançamento do seu primeiro lançador orbital "Falcon 1" depois da aparição de problemas durante testes realizados antes do lançamento.

O Falcon 1 devia ter sido lançado no dia 10 de Fevereiro da ilha Kwajalein Atoll no Pacífico.

Os dois lançamentos anteriores (ainda em 2005) foram abortados primeiro devido a uma falha de computador e na segunda vez devido a uma avaria numa válvula no primeiro estágio do foguetão.

O Falcon 1 será o primeiro de uma série de lançadores que a SpaceX espera colocar no concorrido e muito lucrativo mercado mundial de lançamento de satélites. Com apenas 21 metros de altura, o lançador será capaz de colocar cargas de até 570 kg em órbitas baixas. O primeiro estágio está equipado com um paraquedas para permitir a sua reutilização

Cada lançamento deverá custar cerca de 6.7 milhões de dólares.

A SpaceX espera realizar três lançamentos do Falcon 1 em 2006, sendo o segundo a partir de Vandenberg (California) e o terceiro a partir do mesmo Atoll onde será feito este primeiro lançamento.