quarta-feira, março 15, 2006

O novo Shuttle russo: o Kliper

Embora exista a convicção errada de que a tecnologia russa é rudimentar, mas pelo menos se comparada com a tecnologia americana e europeia, é certamente mais fiável...Enquanto o Shuttle continua a ser reparado, as cápsulas Progress são essenciais para abastecer a ISS, e as suas congéneres Soyuz a única forma dos astronautas irem e sairem da Estação Espacial Internacional (ISS).

Enquanto a NASA tenta desenvolver uma variante moderna das cápsulas Apollo, reutilizando tecnologia do Shuttle e das próprias Apollo, e tenta nem devagar devido à escassez de fundos e à dispersão de esforços num ambicioso programa marciana e num regresso lunar, os russos progridem com o Kliper e procuram assegurar o seu financiamento com parcerias com vàrios países do mundo, concebendo por exemplo um veículo que satisfaz as necessidades da ESA: uma cápsula que possa levar de cada vez mais do que um passageiros (como sucede com a Soyuz), e um sistema tripulado que permita aterragens mais controladas, que dispensam a descida em zonas remotas como o Casaquistão. A ESA previa satisfazer esta necessidade com o seu próprio Shuttle, o Hermes, que devia estar a ser lançado já neste momento no topo dos foguetões Arianne 5, mas a escassez de financiamentos matou o projecto, e a ESA viu-se na contingência de depender de russos e americanos para colocar os seus astronautas no Espaço. Isso pode mudar com a colaboração da Agência Espacial Europeia na concepção e construção do Kliper russo.

Os construtores das Soyuz, a RSC-Energia, apresentaram no último show de Le Bourget a solução para esses problemas da ESA: o Kliper. Como qualquer boa solução de engenharia, o Kliper é simples, inclui muita tecnologia reutilizada e conhecida das Soyuz e Progress, será lançada pelo mesmo foguete da Soyus ou pelos Zenit da Sea Launch, oferecerá um total de cinco lugares e conterá no seu interior uma robusta cápsula esférica em tudo idêntica à da Soyuz. Na prática, será uma Soyuz esférica, maior, rodeada de asas e de escudos térmicos para resistir aos calores extremos da reentrada na atmosfera.

Embora tenham tido um começo de carreira atribulado, nos últimos 35 anos as Soyuz já realizaram 100 vôos sem que tenha havido uma única fatalidade...

As negociações com parceiros europeus e japoneses devem terminar ainda este ano, encerrando a questão do financiamento do Kliper e o desenho final deve estar concluído em 2008, com vários protótipos construídos então. Em 2010 terá lugar o primeiro vôo não tripulado do Kliper, como aconteceu com o vaivém soviético Buran e com o Shuttle americano. No ano seguinte, devem começar os vôos regulares de e para a ISS, e em 2015 os russos esperam conduzir uma missão translunar com um estádio novo acoplado ao Kliper.

O Kilper deverá custar 1,1 biliões de euros.

2 Comments:

At 1:40 da manhã, Anonymous Anónimo said...

´simplicidade eficiencia sem muito lero lero, eis oque precisa ser feito, para ir ao espaço sem jogar fora milhoes de recursos,aproveita se tudo o que de bom tem a tecnologia russa.

 
At 6:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

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